O chamado diagnóstico difícil é um termo usado para referir-se a pacientes que, apesar de vistos e examinados por vários médicos, ou repetidamente pelo mesmo médico, ainda não têm um diagnóstico confiável o suficiente para a tomada de decisão de conduta.
Esses pacientes ficam, muitas vezes, vagando por consultórios e hospitais por anos a fio, sem encontrar uma explicação para os seus sintomas que seja aceitável para o paciente e para o médico. Em geral, eles chegam à consulta carregando grandes envelopes com um sem-número de exames de sangue e de imagem, receitas, atestados e laudos diversos. Costumam estar esgotados pela procura, mas esperançosos por uma solução.
Não se pode, obviamente, garantir qualquer resultado ou esclarecimento diagnóstico milagroso. No entanto, o médico tem a obrigação inequívoca de despender todos seus esforços na tentativa de dar uma resposta satisfatória ao paciente.
Para tanto, ao longo das nossas décadas de experiência clínica, acabamos desenvolvendo uma rotina na avaliação do diagnóstico difícil. Essa rotina tem se mostrado útil para aplacar a nossa angústia pessoal e principalmente a do paciente, em relação à investigação mais apropriada e aos possíveis diagnósticos para o seu caso.
Ao compartilhar esta rotina com você, não temos a intenção de desenvolver um guideline ou de garantir resultados publicáveis. O que queremos é oferecer a você mais uma ferramenta para ajudá-lo a conduzir a avaliação e o raciocínio clínico em casos de diagnóstico difícil. Como você vai perceber, os passos que compõem o nosso roteiro são simples, práticos e factíveis.
Nossos 12 passos na avaliação do diagnóstico difícil
Tenha sempre em mente que o diagnóstico difícil é aquele que você não conhece, ou que você não pensou!
Portanto, uma orientação inicial que se aplica a praticamente todos os casos de diagnóstico difícil é: comece a pensar a partir do zero e com a mente aberta. Não se deixe induzir pelas impressões de outros médicos e nem por exames já realizados, nem tampouco pelo “diagnóstico” e pelas angústias que o paciente traz para a consulta.
Veja abaixo o nosso roteiro passo a passo, e fique à vontade para usar essas dicas sempre que achar necessário!
Quer ler mais sobre as doenças de diagnóstico difícil?
Conheça as zebras, camaleões e unicórnios do raciocínio clínico!
Muito bom!!
Sensacional o “Passo a Passo do Diagnostico Difícil”
O outro nome deste texto poderia ser “A Medicina que não me ensinaram” ou “A Medicina que só a expêriencia traz.”
Obrigado por compartilhar. Parabéns pela inteligência disponibilizada.
Olá, conheci o blog hoje e era justamente o que eu estava procurando! Sinto que há uma imensa lacuna na minha formação, e, pelo visto, na grande maioria das faculdades de medicina, na parte de formular o raciocínio clínico!
Obrigada por essa iniciativa! Certamente, irei divulgar o blog para todos meus colegas!
OI Cleice, seu comentário nos deixa mais seguros em lhes proporcionar o melhor ,por favor continue com seus comentários
Abraço
Pedro
Oi Istênio e familia . Obrigado pelos comentários e por favor mandem casos interessantes para o Blog que publicaremos com prazer !!