Qual a melhor maneira de aprender a fazer o raciocínio clínico diagnóstico?

Lógico que é essencial estudar sobre os processos mentais do raciocínio, as principais causas de erro diagnóstico e as estratégias para errar menos – e é sobre tudo isso que escrevemos neste site!

Mas isso não é suficiente para você se tornar um ótimo diagnosticador. Para isso, você precisa ser competente em todos os três pilares do diagnósticocoleta de dadosconhecimento biomédico e raciocínio clínico.

E nada melhor para aperfeiçoar todas essas habilidades do que atender e discutir muitos casos! A prática deliberada é o que leva à perfeição.

Afinal, se o raciocínio clínico é como andar de bicicleta, lembre-se: ninguém aprende a andar de bicicleta lendo um livro!

ninguém aprende a andar de bicicleta lendo um livro - raciocínio clínico

Para ajudar você a aprimorar sua performance diagnóstica é que preparamos exercícios como este quarto Caso Clínico Interativo!

A ideia é que você analise o caso clínico aí embaixo, levante suas próprias hipóteses e mande-as para a gente, clicando no link que está mais abaixo.

Fique à vontade para responder qualquer coisa que vier à sua cabeça!

A sua participação será anônima – a não ser que você queira concorrer a um lugar de honra no nosso Hall da Fama do Raciocínio Clínico! Nesse caso, indique também seus dados pessoais, no mesmo formulário.

Os leitores que mandarem as três melhores respostas para este caso (e se identificarem) serão imortalizados no nosso Hall da Fama!

Será que você consegue acertar este diagnóstico?…

Participe e chame seus amigos para participar!

Caso clínico interativo #04: um enigma doloroso

Uma mulher de 34 anos procura o médico queixando de dor abdominal e febre há uma semana.

Ela tem história de desconforto abdominal, náuseas e vômitos que vêm ocorrendo mais ou menos três vezes por semana, há vários meses.

Há cerca de um mês, começou a ter dispneia aos moderados esforços. O médico de família diagnosticou “bronquite” e prescreveu amoxicilina-clavulanato, que ela tomou corretamente até há 15 dias, sem melhora da dispneia.

Na última semana, houve piora das náuseas e vômitos e ela começou a ter dor abdominal. Essa dor é difusa e mal definida, mas é percebida de forma mais importante na região do epigástrio, com irradiação para região lombar. Além disso, teve febre não medida, anorexia e alguns episódios de diarreia no mesmo período.

Tem antecedentes de “gordura no fígado” e nefrolitíase, tendo feito litotripsia extracorpórea duas vezes. Nega etilismo, tabagismo ou uso de drogas ilícitas.

Ao exame físico, observa-se que a paciente é gravemente obesa. Ela está em regular estado geral, consciente, orientada, hidratada e eupneica em repouso. Percebe-se icterícia leve em escleras e telangiectasias no tórax. Está com PA 108x50mmHg (sentada), frequência cardíaca 124bpm, frequência respiratória 24rpm, temperatura 36,5oC e saturação de O2 96% em ar ambiente.

A ausculta cardiopulmonar é normal. O abdome é globoso, flácido, com dor moderada à palpação superficial e profunda difusamente, sem defesa, contratura ou descompressão brusca. Não é possível palpar vísceras ou massas abdominais, e os ruídos hidroaéreos estão presentes. Os membros estão com boa perfusão, sem edemas.

PARTICIPAÇÕES ENCERRADAS!