O Dr. Viktor Frankl, médico e prisioneiro dos campos de concentração, observava os detentos morrerem rapidamente assim que perdiam a esperança ou o sentido da vida. Encontrou, a partir de seus estudos e da observação direta da condição humana, as nossas maiores fontes de sentido:
- amor ou relações humanas,
- trabalho/criação, e
- o sofrimento.
Mais recentemente, Jordan Peterson, no seu livro Mapas do Significado, também explora a partir de mitos, histórias, psicologia e neurociências, como os seres humanos interpretam e reinterpretam suas próprias vidas, dando sentido ao novo, inexplorado e perigoso.
Qual, pois, o sentido da Medicina?
E por que a perda desse sentido leva à desestruturação do médico?
Não somos apenas corpo e entranhas. Não esqueçamos da filosofia e da ética – a boa, que auxilia nosso pensar e caminhar.
Sem me alongar, tomo uma analogia: a ferramenta certa para a tarefa certa, a relação entre finalidade e meio.
Podemos martelar um prego com um taco, uma chave de roda? Martelar é só com martelo; se usamos um instrumento de maneira errada, estragamos a ferramenta ou o objeto.
Nós, médicos, somos ferramentas feitas para cuidar de pessoas. Só que isso requer tempo, ambiente, dedicação e comunicação adequados.
Requer conexão!
Já se esqueceu da letra da música no início do artigo? O que ela quer dizer?
O encontro clínico, médico-paciente, viola-violeiro, gera uma nova realidade.
Aí há cuidado, preocupação, paixão pela arte, o tempo fica suspenso… sertão, paixão… a viola e o violeiro e o amor se tocam…
Muito bom, me ajudou bastante!
Sou recém formada e hoje será meu primeiro atendimento como profissional.